Para início de conversa, é importantíssimo enfatizar que a arte pode se manifestar em muitas linguagens. Com isso, os exemplos mais óbvios são os livros, os filmes e as músicas. Mas espere aí – existe uma outra linguagem de grande impacto nos dias de hoje! Sim, estamos falando do universo dos games. E estamos falando sobre o significado da arte no desenvolvimento de games!

Muitas pessoas, em geral de gerações mais velhas, ainda enxergam os games com muito preconceito. Só que não é bem assim: além de ser uma ferramenta incrível para o desenvolvimento lógico, é um meio capaz de te proporcionar muita cultura e conhecimento. 

Assim como filmes e leituras, um game também costuma contar alguma história com começo, meio e fim. Ou seja, um game é uma referência artística que, além de tudo, envolve ainda mais quem o consome. Isso porque, ao momento em que um jogador é o responsável pelas ações de um personagem protagonista, ele tem a experiência de estar sob o controle. Com isso, um jogo tem um poder de envolvê-lo para além da sensação de um mero espectador.

E você sabia que, no momento da criação de um game, muitos artistas trabalham para concebê-lo? Para que qualquer jogo ganhe vida, precisa-se de um diretor de arte, de artistas de conceito (concept artists) e de artistas ambientais (environment artists). Sob o mesmo ponto de vista, existe o mesmo conceito artístico ao se criar um roteiro de um filme ou a dramaturgia de uma peça. Então, para o processo artístico de um game, cada um desses possui um papel fundamental. 

O diretor de arte, como o nome diz, é aquele que lidera toda a equipe conceitual do desenvolvimento do projeto. Além disso, ele pode gerenciar muitos departamentos e designers de jogos. Desde o conceito inicial até o produto final, os diretores trabalham alinhando qualidade, estética e desdobramento do jogo.

Já os artistas de conceito são os que pesquisam sobre referências que definirão a fotografia e a arte que dará a marca característica da obra. Enquanto isso, os artistas ambientais são os que animarão todo o cenário, dando vida a todo o mundo do jogo em cada detalhe já pré-concebido.

Definitivamente, já dá pra ter uma ideia de que um jogo, sem a menor dúvida, possui grande potencial para que se torne também uma obra de arte, não é mesmo?

Bem como existem jogos que são projetos gigantescos envolvendo toda uma produção de ponta, existem também os jogos independentes. De fato, podemos tirar os filmes como exemplo, e a ideia é a mesma.

Nas grandes produções conhecidas, como The Last of Us e muitos outros mais, precisa-se até mesmo de atores em cena durante seu processo criativo. Além de toda uma equipe para cada etapa específica, é claro. Tudo para que, então, o resultado almejado para um projeto desse nível aconteça.

Fora isso, no Brasil há muitos desenvolvedores de jogos também. Sejam desenvolvedores que trabalham fora do país, dentro de grandes desenvolvedoras de games mundiais, ou sejam os designers de games independentes.

E você sabia que existem desenvolvedores brasileiros que levam a arte dos games às comunidades?

Sem dúvidas, não são todos os que possuem fácil acesso à arte, e ainda menos a uma vivência artística que envolva games. Pensando nisso, muitos desenvolvedores se preocupam em levar plataformas de games a quem não tem, juntamente com seu conhecimento e até mesmo seus próprios games! 

Para os desenvolvedores da empresa Game e Arte, questões sociais como o antirracismo, o feminismo e as pautas da comunidade LGBTQI+ são muito importantes para a educação de um indivíduo. E, para isso, a arte presente nos games e a mediação de um ambiente de jogo onde todos se respeitem pode muito bem cumprir este papel.

Pensando nisso, o intuito é que todas as classes sociais, das mais variadas idades e perspectivas de vida, possam enfim vivenciar toda a arte, cultura e conhecimento que um jogo pode trazer à vida de alguém.