O existencialismo, que surgiu como um movimento filosófico no século XX com figuras como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Friedrich Nietzsche, explora questões sobre a liberdade, a angústia e o significado da vida humana. Essas questões ecoam intensamente na obra de Luna, que traduz os dilemas existenciais por meio de figuras oníricas e símbolos profundamente pessoais. Em suas pinturas e murais, Luna entrelaça temas de dúvida, identidade e introspecção, criando cenários que parecem tanto reais quanto fictícios, onde o espectador é chamado a questionar a realidade.
Para Luna, a arte é uma extensão de sua própria busca por autoconhecimento e compreensão do mundo. Em uma de suas declarações, ela menciona que cada obra sua é como um espelho, refletindo as próprias perguntas que fazem parte de sua trajetória pessoal e criativa. Assim, o processo de criação se torna um exercício de filosofia prática, em que a artista explora suas próprias emoções e crenças enquanto compartilha uma mensagem universal.
Outro ponto central em sua obra é o uso de símbolos. Luna constrói narrativas visuais que mesclam elementos populares e eruditos, criando um universo que dialoga com o realismo mágico. Esses símbolos parecem surgir de sonhos ou mitos, fundindo-se em figuras humanas ou representações abstratas que evocam sentimentos profundos e muitas vezes inexplicáveis. Essa escolha por ícones visuais permite que suas obras expressem a dualidade entre o visível e o invisível, o palpável e o espiritual.
Uma característica marcante é a recorrência de figuras que parecem “incompletas” ou “em processo”, sugerindo que a existência humana está sempre em construção. Em suas pinturas, rostos e corpos ganham contornos fluidos e, muitas vezes, etéreos, como se estivessem dissolvendo ou evoluindo. Essas figuras evocam a ideia existencialista de que o ser humano está em constante transformação, sem um ponto final definido.
Para o espectador, a experiência de contemplar uma obra de Luna é tudo menos passiva. Seu trabalho é um convite direto à reflexão. Cada mural, pintura ou ilustração parece sussurrar ao observador, instigando-o a questionar suas próprias certezas e valores. A interação com suas obras é um processo ativo, no qual o público é levado a revisitar seus próprios dilemas existenciais e a buscar respostas que talvez nunca cheguem.
O impacto de sua arte não está apenas em sua estética visual, mas na jornada de autodescoberta que ela proporciona. A artista utiliza essa fusão de filosofia e arte como uma ponte para explorar as camadas mais profundas da psique humana, criando obras que são ao mesmo tempo sensíveis e inquietantes. Em um mundo cada vez mais acelerado, o trabalho de Luna nos convida a desacelerar e contemplar o nosso próprio “eu”, um movimento raro e necessário.
Luna Buschinelli já demonstrou que sua arte possui um poder reflexivo que transcende a estética e toca o interior de quem a observa. Ao continuar a explorar temas existenciais e a transformar questões filosóficas em símbolos visuais, Luna está consolidando seu papel como uma artista que vai além da imagem, criando experiências introspectivas e imersivas. O futuro de sua obra promete continuar nesse caminho de autodescoberta, com novos desafios e questionamentos, sempre em busca de uma verdade que não se limita a respostas prontas, mas que nos convida a refletir sobre quem somos e por que existimos.
Para quem busca arte que desperta, provoca e inspira, o trabalho de Luna Buschinelli é uma oportunidade de entrar em contato com uma dimensão de emoções e pensamentos que muitas vezes evitamos explorar. Em suas telas e muros, ela traz uma sensibilidade que nos relembra de que somos mais do que nossas aparências — somos, em essência, seres existenciais em busca de significado.
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