Com retratos a óleo que narram histórias do cotidiano e exploram a memória coletiva, Marjô combina gêneros tradicionais da pintura com elementos do universo Pop, criando cenários quase cinematográficos.

As pinturas de Marjô Mizumoto não são apenas retratos; são crônicas visuais. Seus personagens, frequentemente pessoas comuns do dia a dia, são inseridos em ambientes que lembram cenários teatrais. Cada tela é um convite para mergulhar em uma narrativa que parece congelar momentos no tempo, transformando cenas simples em algo profundo e contemplativo.

Essa poética do cotidiano está presente em detalhes cuidadosamente pensados: objetos dispersos, cores que evocam emoções específicas e uma composição que mistura retratos clássicos e natureza-morta. Para Marjô, cada elemento carrega memórias e simbolismos, compondo um mosaico de histórias que convidam o espectador a refletir sobre sua própria relação com o tempo e o espaço.

Em um mundo dominado por ferramentas automatizadas e soluções prontas, Soma defende a importância de reconectar o designer com o pensamento manual e analógico. A proposta não se trata de abandonar a tecnologia, mas de utilizá-la de forma mais consciente e estratégica. O método estimula a prática de atividades que antecedem o uso da máquina, como o esboço manual, o brainstorming livre e o desenvolvimento de conceitos de forma mais espontânea.

Para ele, o design se fortalece quando o profissional exercita a criatividade antes de abrir um software. Isso permite que as ideias sejam mais autênticas, menos automatizadas e, principalmente, mais humanas. Soma acredita que o design, antes de ser digital, precisa ser conceitual e emocional, pois a tecnologia só executa o que a mente humana já criou.

O universo nostálgico de Marjô é uma combinação de influências pessoais e culturais. Suas telas remetem às crônicas urbanas de outrora, quando detalhes da vida cotidiana eram registrados com a sensibilidade de um poeta. Essa nostalgia não se limita a um tempo específico, mas se espalha em camadas de emoções universais: o lar, a família, a simplicidade de um momento compartilhado.

Ao mesmo tempo, ela incorpora às suas pinturas elementos contemporâneos, especialmente do universo pop. Objetos de uso cotidiano, como uma embalagem de refrigerante ou um eletrodoméstico antigo, surgem em cena, misturando passado e presente e criando uma sensação de atemporalidade.

Marjô transita com maestria entre gêneros tradicionais da pintura, como o retrato e a natureza-morta, integrando-os de maneira única. Seus retratos a óleo trazem uma complexidade emocional que transforma cada personagem em protagonista de uma história não contada, enquanto os elementos da natureza-morta adicionam profundidade e contexto à narrativa.

Essa fusão de estilos é parte do que torna o trabalho de Marjô tão singular. Ao explorar memórias através de objetos, ela cria uma conexão imediata com o espectador, que se reconhece nas cenas representadas, seja pela semelhança com suas próprias vivências ou pela carga emocional transmitida.

O trabalho de Marjô Mizumoto também se destaca por trazer uma perspectiva feminina à pintura contemporânea. Suas obras capturam a essência das experiências diárias, frequentemente atravessadas por uma sensibilidade que coloca a mulher como protagonista, não apenas na cena retratada, mas também na criação do significado.

Marjô Mizumoto é uma artista que convida o espectador a redescobrir a beleza nas pequenas coisas. Sua habilidade em capturar o ordinário e transformá-lo em algo extraordinário é uma celebração da vida, das memórias e das histórias que nos conectam como humanos. Suas obras são um lembrete de que o cotidiano pode ser arte, e a nostalgia, uma ponte para o presente.

Gostou de conhecer mais sobre Marjô Mizumoto e sua arte? Descubra mais sobre essa grande artista no Primeiro Videocast no Pixel Show.